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MAIS SUSTENTABILIDADE ECONÓMICA E AMBIENTAL

A economia sesimbrense estrutura-se à volta de quatro pilares fundamentais: a pesca, a agricultura, o turismo e o ambiente sendo que o comércio tem um papel supletivo. Estas atividades têm uma vertente identitária muito forte e devem cultivar uma grande complementaridade entre si para serem sustentáveis. Essa sustentabilidade envolve também quatro dimensões principais: a sustentabilidade económica e financeira, que lhes assegura viabilidade; a sustentabilidade social articulada com a ideia de coesão social da nossa população; a sustentabilidade ambiental, porque todas aquelas atividades fazem uso dos recursos naturais que precisam de ser preservados; e a sustentabilidade cultural, porque essas atividades são compatíveis com o reforço da identidade cultural e do imaginário de Sesimbra.

PESCA
Para além de o porto de Sesimbra estar entre os 3 primeiros a nível nacional, onde mais pescado é descarregado e onde se regista um maior valor de vendas, a pesca tem uma enorme importância. A pesca é absolutamente central na história e na cultura do concelho, e o seu peso em termos socioeconómicos continua a ser determinante, pois vai muito para além dos pescadores e das suas famílias, estende-se a montante e a jusante do sector. Desde os fornecedores de apetrechos e outros equipamentos, aos comerciantes e à restauração para citar apenas os mais óbvios.
Ao contrário do que chegou a ser vaticinado, a pesca em Sesimbra não acabou, recebeu inclusive um conjunto de investimentos que criaram uma dinâmica única no panorama nacional e que têm permitido a afirmação do sector mesmo contra os constrangimentos criados pelo POPNA e pelas imposições despropositadas da União Europeia. Apesar da Câmara Municipal não ser um ator principal no sector, ela deve ter o papel de defender manter a prioridade dada à pesca e deve manter-se como retaguarda contra quaisquer ameaças. 
O futuro modelo de gestão do porto de Sesimbra pode trazer ao município um papel mais ativo e pode ser uma oportunidade para eliminar alguns dos constrangimentos existentes, que resultam da gestão partilhada dessa área por empresas públicas, e onde o vazio da definição de responsabilidades é usado para a inação, funcionando sempre contra o utente do porto, no caso todos os que lá operam: pescadores, estaleiros navais, operadores marítimo-turísticos, recreio e outros.
A importância do porto de Sesimbra no panorama nacional deveria merecer investimentos do governo central em 2 obras que seriam importantes para a melhoria das condições de operacionalidade do porto. Desde logo A CONSTRUÇÃO DE QUATRO PONTES DE CAIS, que permitiriam de forma definitiva concluir o processo de ordenamento do porto, melhorando a operacionalidade de pesca mas também das atividades de recreio e marítimo-turísticas. E depois a CONCLUSÃO DA VIA CONHECIDA COMO A VARIANTE DO PORTO DE PESCA, que permitiria retirar veículos o trânsito pesado da Vila de Sesimbra, e uma melhoria significativa do acesso a pesados ao mais importante porto de pesca da área metropolitana de Lisboa.