Novos passes, velha rede

Hoje é o dia seguinte à maior derrota política da direita em Portugal. Em vez da privatização dos transportes públicos iniciada pelo Governo PSD-CDS provou-se que é possível levar a cabo um programa público de diminuição progressiva dos seus custos, e ainda vantajoso económica e ecologicamente.

No dia seguinte, o que precisamos? Precisamos que os contratos de concessão aos operadores privados em concurso público em Maio incluam, além do cumprimento rigoroso das obrigações legais dum serviço público de transportes,  valores extra para possíveis aumentos de oferta, oferta essa que deverá ser reavaliada o mais breve possível. Por obrigação comunitária esses contratos devem estar todos atribuídos a 3 de Dezembro. Concelhos limítrofes da AML, como o nosso, precisam urgentemente de mais carreiras e mais horários. Essa reavaliação deve estar pronta a 3 de Dezembro. Esse reforço da rede deve incluir barcos e comboios mas também, em concelhos como o nosso, autocarros. Como se justifica termos os últimos autocarros de Lisboa a sair às 7.30 da tarde, às 9 nos meses de Verão? São horários ridículos numa área metropolitana...

Precisamos igualmente que sejam apresentados passes que liguem a AML às Comunidades Intermunicipais limítrofes, como propôs o BE e foi aprovado no Parlamento.

Precisamos que continue a cumprir-se o acordo PS-BE na Câmara de Lisboa que inclui a contratação de mais motoristas e mais autocarros eléctricos.

E precisamos acima de tudo, principalmente em concelhos limítrofes como o nosso, de investimento no que é rápido e não poluente, a ferrovia e o metro aéreo.