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Pela Quinta do Conde, contra um aeroporto à medida da Vinci!

Rota de aproximação ao aeroporto

O estudo ambiental sobre o aeroporto no Montijo veio informar que a descida dos aviões começa na Quinta do Conde (de facto começa ainda mais atrás mas com perturbações sonoras graves aqui). Este estudo faz tábua rasa das perturbações de sono e de humor que o aeroporto vai infligir em dezenas de milhar de pessoas da margem sul e não considera com seriedade a perigosidade do choque de aves de médio-grande porte e grande porte nos aviões. Representa ainda um crime ambiental.

No Público de hoje "Os bloquistas avançam com duas razões para criticarem a opção pelo Montijo: primeiro, porque consideram que, apesar da luz verde concedida, continua a haver prejuízos ambientais; em segundo lugar, porque entendem que a privatização da ANA constituiu um “erro” em todo este processo.

A deputada bloquista Joana Mortágua considera que sempre houve uma “pressão enorme” do Governo para que o EIA desse luz verde ao projecto no Montijo: “Sempre alertámos que o Governo estava a condicionar o estudo da APA [Associação Portuguesa do Ambiente]. E o estudo confirma que há impactos ambientais, apesar do parecer positivo”, disse ao PÚBLICO.

 

 

O Bloco está, por isso, “contra a opção do Governo de deixar uma decisão desta importância para o país nas mãos de uma empresa estrangeira”. Para Joana Mortágua, “a decisão de escolher um novo aeroporto não é para ser tomada em modo low cost por uma empresa estrangeira”.Além disso, prossegue a bloquista, há outra questão: “Sempre dissemos que era uma decisão tomada por uma empresa estrangeira, a Vinci, devido ao erro estratégico que foi privatizar a ANA – Aeroportos de Portugal.”

O partido coordenado por Catarina Martins tem, aliás, inscrito no programa eleitoral, com o qual concorre às eleições legislativas, a defesa da nacionalização da ANA: “A questão de um novo aeroporto de Lisboa cuja necessidade está inscrita no próprio contrato de concessão da ANA à Vinci configura-se como uma das razões substantivas para corrigir o grave erro estratégico de privatizar a ANA, pelo que a opção de a fazer regressar ao controlo e à posse do Estado está colocada na próxima legislatura”. Para os bloquistas, a “nacionalização da ANA é não apenas condição para resolver a questão de um novo aeroporto, como também para responder às insuficiências que diversos aeroportos já apresentam”. (Público)